Como definir em qual canal seu hotel deve vender?

A escolha certa dos canais de venda pode impulsionar seus resultados ou causar um gargalo nas reservas. Afinal, você sabe onde o seu público está e como ele prefere comprar?

Com a multiplicação dos canais de distribuição, muitos hoteleiros acabam se perdendo entre as opções — OTAs, GDS, site próprio, operadoras, redes sociais, vendas diretas. Mas a verdade é que não existe canal ideal para todos os hotéis. Existe o canal certo para o seu público, a sua região, o seu posicionamento e o seu momento.

Neste artigo, vamos te ajudar a entender como fazer essa escolha de forma estratégica, considerando segmentação, comportamento do consumidor, custos e controle.

🧭 Primeiro passo: entenda o seu público

Antes de falar de canal, é preciso falar de cliente. Afinal, um hotel voltado para turismo corporativo não deve investir nos mesmos canais que um resort para famílias.

Pergunte-se:

  • Seu hóspede vem a lazer ou a trabalho?
  • Ele costuma se hospedar por longos períodos ou apenas uma diária?
  • É um viajante de última hora ou se planeja com meses de antecedência?
  • Ele prefere agilidade ou atendimento personalizado? 

De acordo com a STR Global, o segmento de lazer lidera as reservas em destinos de praia e natureza, enquanto o corporativo ainda representa mais de 50% da demanda em grandes centros urbanos e polos industriais no Brasil.

🧩 Entenda os segmentos e os canais mais eficazes para cada um

Nem todos os canais atendem todos os perfis. Veja abaixo os principais segmentos e os canais ideais para cada um:

🧳 Segmento Lazer

Perfil: casais, famílias, grupos de amigos, viajantes individuais.

Canais ideais:

  • OTAs (Booking.com, Expedia, Hurb)
  • Site próprio com motor de reservas
  • Redes sociais e WhatsApp
  • Operadoras de viagem
  • Influenciadores digitais (como canal de awareness) 

Dica: No lazer, a emoção vende. Imagens impactantes, facilidade de reserva e políticas flexíveis são diferenciais importantes.

💼 Segmento Corporativo

Perfil: viajantes a negócios, representantes comerciais, executivos.

Canais ideais:

  • GDS (Amadeus, Sabre, Travelport)
  • Agências corporativas (CWT, Copastur, BCD)
  • RFPs e acordos empresariais
  • Reservas diretas por e-mail ou telefone
  • OTAs com foco B2B (HRS, Hotelbeds) 

Dica: Aqui, o preço e a eficiência contam mais do que a experiência visual. Um bom acordo, fácil faturamento e flexibilidade de cancelamento pesam na decisão.

📚 Segmento MICE (Eventos, Grupos, Corporativo Estendido)

Perfil: organizadores de eventos, empresas, escolas, agências especializadas.

Canais ideais:

  • Operadoras e agências de eventos
  • Representações comerciais
  • Venda direta com equipe comercial ativa
  • Plataformas como Sympla (para hospedagens atreladas a eventos) 

Dica: Trabalhar em parceria com players locais e nacionais pode garantir ocupações em baixa temporada e volumes maiores.

📈 Faça a análise do custo-benefício

Canais diferentes significam custos diferentes, e isso afeta diretamente sua margem de lucro. Veja um comparativo prático:

Canal Comissão/Taxa média Controle da tarifa Relacionamento com o hóspede
OTAs 15% a 25% Médio Baixo
Site próprio 0% a 5% (motor) Alto Alto
Operadoras e agências 10% a 20% Médio Médio
GDS e canais corporativos Taxa fixa por roomnight Baixo Baixo
Vendas diretas Nenhuma Alto Alto

Se você está dependendo demais de um canal com alta comissão, talvez seja hora de reavaliar sua estratégia e proteger sua rentabilidade.

🛠️ Ferramentas que ajudam nessa decisão

  • Channel Manager: facilita a integração com diversos canais e ajuda a entender o desempenho de cada um.
  • Business Intelligence (BI): identifica os canais que trazem mais receita líquida e menor índice de cancelamento.
  • CRM ou Central de Reservas: fundamental para canais diretos, como WhatsApp, e-mail e telefone. 

📣 Lembre-se: canal de venda não é só onde o hóspede reserva, mas também onde ele descobre você

Muitas vezes, o hóspede vê seu hotel nas redes sociais ou em uma OTA, mas finaliza a reserva por WhatsApp. É o famoso comportamento “pesquisa em um, reserva em outro”. Por isso, a jornada do hóspede deve ser integrada e fluida.

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